
Jean Piaget revolucionou as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças. Interessou-se fundamentalmente pelas relações que se estabelecem entre o sujeito que conhece e o mundo que tenta conhecer. Considerou-se um epistemólogo genético porque investigou a natureza e a génese do conhecimento nos seus processos e estágios de desenvolvimento.
Vida profissional
Piaget foi biólogo, zoólogo, filósofo, epistemólogo e psicólogo. Esta experiência de vida e uma vasta cultura científica impregnaram a sua obra com contribuições da biologia, cibernética, matemática, filosofia e sociologia.
Escreveu mais de 100 livros e 600 artigos, alguns dos quais contaram com a colaboração de Barbel Inhelder. Entre eles, destacam-se: Seis Estudos de Psicologia, A construção do Real na Criança, A Epistemologia Genética, O Desenvolvimento da Noção de Tempo na Criança, Da Lógica da Criança à Lógica do Adolescente, A Equilibração das Estruturas Cognitivas.
Piaget desenvolveu estudos sobre os próprios processos metodológicos, concretamente o método clínico e a observação naturalista. Estes métodos correspondem a importantes avanços na investigação em psicologia.
Até morrer, Piaget estudou, escreveu, participou em congressos, polêmicas e debates públicos. Foi um personagem destacado, pela forma empenhada, crítica, interdisciplinar e criativa como orientou as suas investigações.